Em qualquer bom dicionário, vemos que misticismo quer dizer, entre outras definições correlatas, “disposição para crer no sobrenatural”, donde se diz que fulano é um místico, ou seja, devoto, religioso. Quanto a miticismo, que vem de mito, lemos que significa algo fabuloso, isto é, relativo a fábula, que narra sobre coisas ou pessoas irreais.
Esta introdução visa apresentar com clareza nossa ideia principal, ou seja, a apresentação da Grafologia ao grande público: não há nenhuma correlação, nem remota que seja, da grafologia com misticismo ou miticismo.
Leiam a definição que segue: a grafologia é a ciência experimental que, a partir da expressão gráfica natural de quem escreve, revela a personalidade psicofísica com os componentes intelectivos, tendências temperamentais, aptidões profissionais, constituição somática e predisposições a doenças congênitas ou ativa, ou, resumindo, é o estudo da personalidade através da letra.
Assim, você, leitor, já percebeu que o estudo da grafologia é essencialmente científico, ou seja, a partir de uma dada amostra, você poderá repetir o estudo e chegará basicamente à mesma conclusão – assim você quanto qualquer outro grafólogo.
Entretanto, mesmo não sendo grafólogo, há uma grande chance que você venha a emitir um juízo bastante aproximado sobre a personalidade (estudos demonstraram que há um potencial elevado de acertos entre os leigos) o que também confirma a íntima relação da grafologia com a psique humana, pois como dizia Ortega y Gasset...”isso é mais uma prova de que essa intuição é parte constituinte da psique humana, alguns a possuem em maior medida do que outros, donde haja cegos e caolhos na percepção da alma alheia!”.
Para evitar esse tipo de ‘cegueira’ é que o estudante de grafologia deverá procurar aprofundar-se nesta matéria e, ao exercê-la, deverá seguir um código de ética, o qual é seguido internacionalmente.
Qualquer estudo leva certo tempo para ser assimilado; a grafologia tampouco escapa disso, pois existe uma sistematização de mais de duzentos sinais que nos levam à conclusão do perfil final. Assim como a cada tecla do piano corresponde uma nota, mas somente sua junção harmoniosa nos dá uma melodia agradável após certo tempo de estudo, da mesma forma os signos grafológicos requerem paciência e dedicação, sob pena de traçarmos uma personalidade de anjo ao estuprador do parque...
Erwin André Leibl - Grafólogo e Psicanalista
Presidente da AGGBR